sexta-feira, 29 de outubro de 2010

El Penta #1

A sessão perfil cresce o nível e chega a Juan Manuel Fangio, primeiro pentacampeão da história da F1 que construiu uma carreira lendária de um modo muito peculiar, vamos a ele.
Juan Manuel Fangio, piloto argentino nascido em 24 de junho de 1911 na pequena cidade de Balcarce, situada a 400km de Buenos Aires. Filho de um imigrante italiano e mãe argentina. Desde a infância dedicou-se a prática de esportes, chegou até a tentar o futebol, sem grande sucesso.


Só em 1934, aos 23 anos é que começou a realizar, ainda que muito mal, o sonho de ser piloto de competiçao. Seu físico robusto, sua extraordinária resistência à fadiga e seu excelente conhecimento de mecânica contribuíram para que Fangio se tornasse um dos maiores corredores de todos os tempos.


Durante praticamente toda a história da Formula 1, deteve o recorde mundial de títulos com 5 triunfos, sendo superado apenas em 2003 por Michael Schumacher, quando este conquistou o sexto dos sete títulos mundiais.


Na escola Fangio não chegou a obter resultados animadores. Embora revelasse possuir um inteligência brilhante, dedicava-se aos estudos de maneira muito inconstante, demonstrando interesse apenas por algumas matérias. Os livros não o atraíam tanto quanto o ronco dos motores, nas horas livres frequentavam a oficina mecânica de um de seus amigos, Capetini, onde obteve as primeiras noções de mecânica e começou a conhecer os motores. A capacidade revelada por ele convenceu Capetini não só a ensinar-lhe o que sabia mas também a deixá-lo pôr em prática os conhecimentos que adquiria.


Após essa experiência inicial, Fangio interrompeu os estudos aos dezesseis anos e empregou-se como aprendiz em outra oficina local, dirigida por um mecânico chamado Viggiano, que preparava alguns carros para competição. Nessa época, Fangio já tinha definido seus objetivos, participar ainda que como simples mecânico, do restrito grupo de pessoas que se dedicava as corridas.

A primeira oficina mecânica de Fangio
O grande sonho do jovem mecânico teria de esperar, sua pouca idade e as modestas condições econômicas de sua família o obrigavam a pensar principalmente no salário. Pouco tempo depois, juntamente com os irmãos, instalou em sua própria casa uma pequena oficina, na qual passou a consertar debulhadoras e tratores agrícolas. Em 1932, convocado para o serviço militar, transferiu-se para Buenos Aires. Ao regressar a Balcarce, com a ajuda do pai e dos irmãos, abriu uma pequena loja de automóveis, montada com as economias que conseguira fazer, até então.


Durante dois anos, a loja proporcionou a Fangio e sua família lucros discretos. Em 1934 começou a dar os primeiros passos como piloto de corridas, com um Ford modelo T, emprestado por um amigo. Inscreveu-se para uma competição, mas a quebra de uma biela obrigou-o a retirar-se. A má sorte o perseguiria também em sua segunda competição, com outro Ford T, adquirido com um pequeno capital que com muito custo havia economizado, não conseguiu sequer largar para a prova, pois passou a noite toda em claro regulando o motor do carro e acabou chegando atrasado para a prova.


Desencorajado pelos primeiros insucessos e encontrando oposições cada vez maiores da família, que não estava em condições de arcar com os gastos necessários para competir, decidiu abandonar as corridas e reiniciou as atividades como mecânico.
Fangio em ação nas corridas de Carreteras
Oscar Galvez
Sua paixão pelas competições, contudo, jamais diminuiria. Em 1938, com a ajuda de Totó, um de seus irmãos, construiu um carro enorme, utilizando um motor Ford que, a muito custo, alcançava os 85cv. Montou o curioso engenho sobre um velho chassi de um modelo de 1934 e inscreveu-se com esse veículo na competição de Necochea. Durante os treinos, Fangio, mais animado, conseguiu estabelecer um dos melhores tempos. Na partida, sabendo que competia contra veículos bem mais velozes, enlameou furtivamente o trecho incial da pista. A potente Alfa de Carlos Arzani derrapou na lama, o velho Ford partiu velozmente e liderou a primeira volta. O sétimo lugar(resultado medíocre para a competição) obtido nessa corrida deu maiores esperanças a Fangio.


Após essa primeira experiência, Fangio passou a correr regularmente, alternando bons e maus resultados. Quase sempre encontrava dificuldades para acertar os carros que usava, a insuficiência mecânica dos veículos o impedia de manter um nível mais constante de desempenho.


Pouco tempo depois, Fangio aceitou tornar-se segundo piloto de um conhecido corredor da época, chamado Finochietto. Este, mais experiente, transmitiu-lhe seus conhecimentos de pilotagem e orientou-o quanto a melhor maneira de enfrentar as difíceis pistas em que corriam. Juntos, conseguiram vencer brilhantemente o Grande Prêmio da Republica, uma prova importante e difícil, que exigia grande esforço dos pilotos.
Fangio ao lado de seu carro em 1940
Em outra prova, Fangio conheceu mais de perto o outro lado das corridas: nas 300 Milhas de Três Arroyos, cinco concorrentes perderam a vida em um desastre de graves proporções, que acabou por determinar a suspensão da prova. O acidente levou-o a preocupar-se ainda mais com sua segurança. No ano seguinte (1939), Fangio disputaria outras competições, ainda com seu velho e mal preparado Ford.
No GP Ciudad de Mar Del Plata classificou-se em oitavo lugar, mesmo correndo contra adversários que pilotavam veículos muito mais modernos e potentes. Provavelmente, se dispusesse de um veículo mais competitivo, Juan Manuel fangio poderia – como acreditavam seus amigos e admiradores de Balcarce – ter vencido a corrida.


Inconformados com a condição de piloto de segunda plano a que viam relegado seu ídolo, os habitantes de Balcarce resolveram ajuda-lo a se impor com um dos melhores corredores argentinos da época. Para tanto, fizeram uma subscrição popular em sua cidade e, com os fundos recolhidos, compraram um Chevrolet usado, já velho, mas muito mais potente que o Ford. O ex-mecânico passava a ter, finalmente um carro em melhores condições.


Com esse Chevrolet, Fangio participou de uma longa série de “carreteras”, ou seja, corridas argentinas típicas, que se caracterizavam por percursos de milhares de quilômetros, disputadas em estradas muito ruins, os percursos, normalmente variavam de 3.500 a 4.000km, mas em algumas carreteras alcançavam distâncias maiores.
O Chevrolet da primeira vitória
Nessas condições verdadeiramente massacrantes, Fangio desenvolveu notável resistência à fadiga, aprendeu a superar todas as dificuldades que se interpõem no caminho do piloto durante as corridas e familiarizou-se com as leis, não escritas mas observadas por todos os grandes pilotos, da correção e da solidariedade. Certa vez, perdeu o controle do carro e saiu da estrada, caindo numa ribanceira coberta de neve., As rodas patinavam e ele se viu obrigado a empurrar o carro de volta para a pista, mas, sozinho como estava, não conseguia mover o carro o suficiente para soltá-lo. Pouco depois, passou pelo local outro piloto, Oscar Galvez, que tinha partido algum tempo depois de Fangio: Galvez parou e ajudou-o a empurrar o carro para a pista, o que lhe permitiu continuar a corrida.


Episódios como esse ocorriam com freqüência nas longas provas das carreteras, em que os pilotos nõa dispunham de assistência alguma, a não ser da que eles mesmos se prestassem mutuamente. Em pouco tempo Fangio tornou-se especialista nesse tipo de competição e obteve várias vitórias, tanto por etapas, quanto por corridas completas. Em quase todas as carreteras de que participou nessa época, Fangio teve como principais adversários os irmãos Juan e Oscar Galvez. Este último chegou a disputar com ele interessantes duelos de técnica e resistência, que acabaram por dividir os aficionados argentinos de automobilismo em “fangistas” e “galvistas”.


Essa rivalidade e como foi a decisão entre quem seria o maior piloto argentino, você saberá sexta que vem, na sessão perfil.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Memórias de Quinta

Olá pessoal, hoje o memórias de quinta será um pouco diferente, devido a meu trabalho remunerado(e menos prazeroso) estou completamente sem tempo de escrever textos longos e detalhados como é a caracterista desta sessão, mas para não passar em branco, vamos lembrar um episódio na carreira da Mika Hakkinen, o dia em que ele quase jogou sem bicampeonato no lixo.

A corrida era o GP de Monza, e Mika vinha liderando desde a largada o que consolidaria quase que de forma definitiva sua liderença na temporada 1999, já que Irvine vinha apenas em 5º lugar, e Frentzen até então nem era carta na briga do titulo.

Mas algo estranho aconteceu e Mika acabou rodando na primeira chicane da pista, com o carro atolado na brita, ele simplesmente jogou o volante e saiu revoltadissimo do carro, correu pro meio do mato, longe de todos, mas não longe o suficiente das câmeras, o resultado foi esse registro de como é a pressão na vida de um piloto de F1.

Mika chorando após abandonar o GP da Itália de 1999.
Mesmo após esse baque, Mika não desistiu, contou com o azar dos adversários e com sua competência para vencer a última corrida da temporada no Japão e sagrar-se bicampeão do mundo. Mika é um dos sujeitos que mais fazem faltam nessa Formula 1 atual.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sobre atualidades...

Olá amigos do Motorhome, bem a corrida da Coreia(sem acento mesmo) até que rendeu assunto nessa semana, primeiro Vettel disse que não desistira da disputa pelo título. O que leva a crer que a Reb Bull, que nunca priorizou piloto algum, não é tão esportista quanto se imagina, e sim, que a equipe sempre esta ao lado de Vettel, sou capaz de apostar que se Vettel tivesse confirmado a vitória na Coreia, a essas alturas ninguem na equipe daria credito a Webber. O Fato é que se a Red Bull não priorizar Webber nessa reta final, tem grandes chances de perder o titulo mais fácil do mundo.

Webber chegando aos box depois de abandonar o GP da Coreia
Falando em Webber, Gerhard Berger soltou essa hoje "Acho que ficou claro que a atitude foi deliberada. Ele saiu da pista e sabia que estava acabado. Neste momento, você está frustrado e milhares de pensamentos passam por sua cabeça. É muito óbvio: você pode ver que as rodas não estavam travadas. Ele pode ter tido um problema, mas não acredito nisso" e Nico Rosberg o maior prejudicado pelo caso, disse no twitter "Não entendo os motivos que levaram Webber a não acionar os freios. Foi loucura deixar o carro rolar pela pista como ele fez".



Vendo o video, realmente foi estranho, não acredito que tenha sido algo intencional de Webber, ainda mais pra atingir algum piloto na disputa do título, mas que ele poderia ter batido e ficado quietinha lá, isso não tenho dúvidas.

O velho Berger resolveu soltar a lingua mesmo e disse tambem que Alonso está no nível de Senna e Schumacher! Bom ai entra em um conceito muito pessoal, acho que pra Alonso ser comparado a Senna e Schumacher, falta um pouquinho de feijão ainda, na verdade falta tempo de carreira para o espanhol mostrar mais valor na pista que nos bastidores, quem viver, verá!

Wallpaper Motorhome

Hoje no Wallpaper Motorhome, uma corrida histórica, o GP da Belgica de 2004, corrida que definiu o título daquele ano, o 7º de Michael Schumacher.

Para baixar clique aqui.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

No ínicio...

Nigel começou sua aventura na F1 em 1980, quando foi promovido da vaga de testes para a de piloto oficial no GP da Austria. Ele era o grande protegido de Colin Chapman, por quem o grande construtor depositava suas esperanças. Colin faleceu em 82 e Mansell continuou na Lotus até 84 sem conquistar uma vitória se quer.
 
Mansell estreando na F1.
 

Bernie, 80


O presente da Redbull ao dono da F1
Opções do volante do andador da Redbull
Bernie mostrando que gostou do presente.

GP da Coreia (3)

Após tantos acontecimentos no domingo, quase é inútil dizer algo sobre o sábado, em que Vettel escreveu mais um capitulo de sucesso na sua curta carreira na Formula 1(56 GP’s), marcando a 9ª pole em 17ª possíveis nesta temporada.

Os 3 primeiros no sábado
E no domingo, apesar do excesso de zelo dos comissários em iniciar a corrida, o recorde de voltas atrás do safety car nessa situação não foi batido, ele é do GP do Japão de 2007, quando foram percorridas 18 voltas seguidas atrás do lindo Mercedes com seus faróis verdes e amarelos, pela mesma deficiência do Autódromo da Coréia, falta de drenagam+dilúvio, que no caso de ontem, nem era tanto dilúvio como no Japão 3 anos atrás. Após 3 voltas atrás do safety car, uma bandeira vermelha, mais 14 voltas atrás do safety car, muita cautela do grid inteiro e muita insistência de Hamilton a corrida foi iniciada.

A maior parte do tempo foi assim, SC na pista.
E quando ela começou a Redbull deu uma aula perfeita de como se perde um campeonato com o melhor carro do grid, não são apenas batidas entre companheiros, erros solitários ou problemas domésticos, ele se perde no puro e simples azar, após o erro crucial de Webber que bateu sozinho e ainda levou Rosberg, Vettel viu seu primeiro titulo ficar fora de seus próprios esforços no resto do campeonato quando o motor Renault quebrou, a 9 voltas do final. Some-se a tudo isso a declaração de Vettel após a corrida dizendo sobre suas possibilidades de titulo “Acho que podemos, ainda há 50 pontos em jogo. Claro que teria sido muito mais fácil se tivéssemos vencido hoje. A vida é assim, isso acontece às vezes.” Ou seja, nada de preferência para Webber que precisaria “apenas” vencer as duas próximas corridas com Vettel em segundo.
A Redbull de Webber, era Rally?
E quem aparece a 2 corridas do final pra aproveitar tudo isso, o bicampeão do mundo Alonso, com talento e tranquilidade o sem vergonha do espanhol está ai, com o titulo nos dedos, ele corre pra subir no podium daqui em diante e foi assim que ganhou em 2005 e 2006. Felipe Massa respirou com o podium.

Hamilton deve estar se roendo nesse instante ainda tentando entender como não foi ele quem se aproveitou de todo o azar da Redbull, afinal era ele esteve a frente de Alonso até cometer um erro e perder a posição, sem esboçar grandes pretensões em atacar Fernando depois. Button, só Deus salva.

Alonso é o cara na reta final do campeonato.
Rubens Barrichello vem fazendo mais do mesmo, não que seja ruim, não é isso, mas acho que ninguém duvida que Barrichello faça corridas como fez hoje, então é mais do mesmo e ele ainda dá o azar de Schumacher fazer a melhor corrida do ano e permanecer a sua frente na corrida e no campeonato. Aliás Schumacher vale uma ressalva aqui, ele não só chegou em quarto novamente, mas principalmente mostrou combatividade, coisa que não tinha mostrado nesse nível ao longo do ano, e tem gente que duvida do cara.

Eu não sei qual é a do Hulkenberg, se ele perde a vaga pro Maldonado como publicou a Revista Warmup, ou se permanece, como prega a Globo e as teorias da dupla Galvão/Reginlado, fato que o Nico da Williams resolveu mostrar serviço e fez um final de corrida sensacional, seria uma pena ele perder a vaga. O que muitos ignoram é o fato de que pode ser Barrichello a perder a vaga para Maldonado.
No fim da corrida com a luz natural quase acabando, tivemos imagens sensacionais, como esta.
Corrida boa também para a Sauber que terminou nos pontos com Kobayashi-mito-indestrutível atrás de Heidfeld-alemão-sem-emprego, Liuzzi fez sua melhor corrida do ano, talvez tenha trocado de capacetes com Sutil que cometeu erros de avaliação ridículos.

Os outros brasileiros, Lucas di Grassi bateu no inicio da corrida, disputando posição com Yamamoto, Bruno Senna chegou em 14º a frente apenas de Yamamoto, 9 carros não completaram a corrida.
Duvida do final de semana: O que são essas calcinhas de mentira pra fora da calça?
O primeiro GP da Coréia foi chato pelo excesso de zelo, mas quando os carros andaram pra valer, voltamos a ter aquele tipo de corrida imprevisível, das melhores de se assistir, ainda mais no final, quando o entardecer deixou um visual lindo, triste que tenha durado pouco tempo.

A próxima parada da Formula 1 é no Brasil, em Interlagos e Alonso pode fechar a conta por aqui mesmo.

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Parceria OCIOSO.com

sábado, 23 de outubro de 2010

ESPECIAL Mulheres na F1 #6

Para finalizar o Especial Mulheres na F1(para ver o especial completo clique aqui), vamos conhecer as duas últimas mulheres a pilotar um carro da categoria, Sarah Fisher pela Mclaren e Katherine Legge pela Minardi, boa leitura.

Sarah Fisher

Sarah Fisher, com apenas 22 anos entrou em um Mclaren MP4/17 que disputava a temporada de 2002 da Formula 1. Com extensa carreira no automobilismo americano, a amrerica Sarah andou no circuito de Indianápolis, após os treinos para o GP dos Estado Unidos na sexta-feira.

Muito mais como marketing, do que propriamente um teste para avaliar seu potencial, Sarah praticamente desfilou a frente de seu público que havia abraçado o talento de Sarah após ela ter se tornado a primeira mulher a conquistar uma pole na Formula Indy.



Katherine Legge

Katherine Legge, foi convidada para fazer a despedida/teste da Minardi em 2005 que havia sido comprada pela Red Bull, com 25 anos a inglesa testou o PS05 em Silverstone ao lado do israelense Charnoch Nissany, acabou batendo logo no início do teste e foi superada por Nissany.

No dia seguinte deu 27 voltas e superou Nissany ao fim do dia, agradeceu Paul Stodart pela oportunidade e admitiu não estar preparada para o desafio da Formula 1.


Parceria OCIOSO.com
 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

GP da Coreia (2)

Os carros na pista de Yeongam pela primeira vez.
E depois de muitas dúvidas e invertezas, os carros foram a pista de Yeongam na Coreia do Sul, no início do primeiro treino havia mais terra na pista que propriamente asfalto, os carros começaram virando na casa de 1.50s  e terminaram o segundo treindo do dia virando na casa 1.37s, esse tempo ainda deve cair mais nessa madrugada.

Mark Webber foi o mais rápido na Coreia.

Apesar da novidade do circuito para todos, as forças da frente parecem imutáveis, o pelotão intermediário é quem deve sofrer mais mudanças em relação a Suzuka, na briga de Mercedes, Williams, Force India e Sauber que vem dando saltos de qualidade, principalmente depois da chega de Nick Heidfeld.

As nanicas pouco se aproximam dos outros, e Lotus, Virgin e Hispania são mais um sucesso da Legião Urbana, mais do mesmo. Não me iludo com as declarações de Tilke, Bernie e até de alguns pilotos de que a corrida será espetacular. Eu particularmente gostei muito da pista(até joguei um pouco no F1 2010) mas na vida real o buraco é mais embaixo e com essa sujeira toda, dificilmente haverá espetaculo, pode haver de erros sim, de ultrapassagens não.
Liuzzi levantando poeira.
Vamos agora ler o que falaram os candidatos ao titulo nessa sexta-feira na Coreia, começando do topo da tabela pra baixo.
 
Webber: "Nós estamos otimistas com o desempenho de hoje e agora estamos focando em ficarmos prontos para amanhã. É uma pilotagem agradável aqui, existem duas seções únicas e sempre é um desafio para o piloto chegar a uma nova pista. A entrada e a saída do pit são um pouco no limite para entrar e sair da pista, mas, aparte isso, eles fizeram um trabalho extraordinário."
Schumacher foi o 12º no primeiro dia.
 Alonso: "Aqui, como eu já disse, a sexta-feira não é muito importante, mas sentimos que talvez não será tão fácil para a Red Bull em Suzuka, mesmo que eles ainda sejam os favoritos. Eu gosto das curvas 4, 5 e 6, três curvas juntas ao final da primeira reta, elas são muito interessantes.Acho que há possibilidades de ultrapassagem na curva 3 e 4. E a pior curva é a penúltima, com a zebra na parte de dentro. Estamos encostando demais ali e você bate muito forte com o chassi."
 
Vettel: "Acho que fizemos um curso intensivo de drifting hoje, foi divertido. A pista estava melhor à tarde, mas sofri um furo no começo da segunda sessão, o que nos afetou. Como resultado, nós tivemos que sair com o pneu macio mais cedo e os pneus não foram muito gratos com isso. Mas, no final, não foi tão ruim. Acho que a entrada do pit é bem no limite aqui, pois é cega e quem for entrar irá mais devagar do que quem ficar na pista. Se você estiver tentando ultrapassar e eles decidirem pararem, pode ser difícil".
 
Fiscais limpam a pista.
Hamilton: "Na manhã, a pista estava extremamente empoeirada, então todos os pilotos estavam escorregando bastante. Mas a evolução da pista durante o dia foi dramática, então ela está muito boa agora, mesmo que ainda haja bastante sujeira fora do traçado. Gastamos o dia de hoje avaliando novas evoluções que trouxemos para essa pista. Os tempos sugerem que estamos tão competitivos quanto a Red Bull, mas Renault e Ferrari também estão rápidas."
 
Button: Perdi um pouco de tempo na sessão da tarde, o que foi decepcionante porque eu não andei com bastante combustível. O carro simplesmente superaqueceu_ então eu saltei no pitlane porque começou a sair fumaça e perdemos um pouco de tempo consertando. Fora isso, foi um dia bom. Estamos muito fortes no primeiro setor, o que já era esperado, mas também estamos bem fortes nos outros trechos, o que nos encoraja. Estou ansioso de verdade para o resto do fim de semana."

Reta é o que não falta na Coreia.

Todos felizes e realizados, agora é esperar pelo treino oficial logo mais as 3 da manhã. Lembrando que amanhã teremos o último capitulo do especial Mulheres na F1, na segunda volto com tudo sobre o GP da Coreia, bom final de semana.

Ginther, o americano voador.

Paul Richard Ginther, nasceu na cidade de Los Angeles, Califórnia em 1930, aos 22 anos foi aprovado nos exames de engenharia e com isso empregou-se numa fábrica de aviões em Santa Mônica, onde veio a conhecer Phill Hill, uma pessoa decisiva na carreira de Gitnher como piloto. Em 1953, Phil Hill disputou a Carrera Panamericana e quis a seu lado, como co-piloto, o próprio Ginther. Entretanto, não puderam completar esta prova. Em 1954 repetiram a experiência e com uma Ferrari, conseguiram o segundo lugar na prova.
GP da Alemanha 1961
Em 1961, Ginther já vivendo na Europa, estreou na Formula 1, dirigindo o primeiro carro Ferrari com motor traseiro na Formula 1, Ginther conseguiu um sexto lugar em Mônaco, obteve a mesma colocação no GP da Holanda, mas este, disputado com um carro antigo, de motor dianteiro. Neste ano foi peça fundamental no desenvolvimento do novo Formula 1 Ferrari 1500cc. Conseguindo ainda nas provas, dois terceiros lugares, na Bélgica e Grâ-Bretanha.
Primeira vitória da Honda na F1
De 1962 a 1964 competiu pela BRM, conseguindo como melhores resultados, os segundo lugares nos GP's da Itália em 1962, de Mônaco e Estados Unidos em 1963 e de Mônaco e Austria em 1964. No ano seguinte passou a competir pela nova equipe Honda, e com ela, no GP do México, venceu sua única corrida na Fórmula 1, sendo essa a primeira vitória na equipe Honda na Formula 1. Após este grande feito, os resultados nunca mais foram os mesmo e Ginther retirou-se das competições em 1967.
Mônaco em 1966

ESPECIAL Mulheres na F1 #5

Hoje mo quinto capítulo do especial Mulheres na F1, vamos conhecer a última mulher a competir na Formula 1 de forma oficia. Piloto que se envolveu em assuntos mais fora das pistas que dentro delas.

La última

Giovana Amati nasceu em 1959 no dia 20 de Julho em Roma na Itália. Era amiga do também piloto Elio de Angelis, com quem teve suas primeiras lições de pilotagem. Algumas histórias marcaram aquele início no automobilismo, na maioria das vezez envolvendo o preconceito com uma mulher ao voltante “"Com frequência eu tive que mudar as cores do meu carro para que os outros pilotos não conseguissem me identificar de uma corrida para a próxima. Para alguns deles, era francamente intolerável ser ultrapassado por uma mulher e muitas vezes, deliberadamente, eles preferiam bater em vez de perder uma posição" relatou Giovana.

Giovanna no GP do México
Começou sua aventura na Formula 1 pela equipe Brabham durante a temporada de 1992 quando já tinha 33 anos de idade. Sua estréia foi marcada por um caso com Flávio Briatore e dizem tempos antes com Niki Lauda.

Tentou se classificar na África do Sul, México e Brasil, sem sucesso e sendo muito mais lenta que seu companheiro Eric Van de Poele foi substituída por Damon Hill. Apesar do fracasso de Giovanna, o ex-piloto e comentarista Christian Danner tem uma opinião pouco critica a ela “É uma das mulheres mais malucas que eu conheci. Ele tinha a pegada necessária para se manter no circo, era mentalmente forte. Mas teve de sair da F-1 por motivos financeiros”.
Nos boxes da Africa do Sul

Após sua retirada da Formula 1, Giovanna disputou a F3 italiana e F300 obtendo um ou outro bom resultado, hoje ela é jornalista especializada em F1 para TV italiana.


Anos: 1992
Times: Brabham
GP’s disputados 3 (0 largadas)
Pontos 0

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Memórias de Quinta

Dia 21 de outubro de 1990, há exatamente 20 anos, Ayrton Senna conquistava seu segundo título mundial, e o memórias de quinta relembra como foi.
Senna no grid

Ayrton Senna alinhou para o grid de largada do GP do Japão de 1990 não só para vencer Alain Prost e conquistar o bi-campeonato. Ele Largou disposto a tudo para não perder esse título.

Reflexo claro da decisão do titulo de 89, quando Prost, com uma pontuação superior, jogou sem a menor cerimônia o carro em cima de Senna para ser tri-campeão. Senna não só foi desclassificado da corrida após vencer mesmo com a batida, como passou a ser coagido por Balestre.
Senna e Prost se aproximando da curva 1
Após o campeonato, Senna levantou a possibilidade de abandonar a Formula 1, mas após conselhos de Ron Dennis (chefe da Mclaren) e Yoshiotoshi Sakurai (chefe da Honda), Senna foi convencido a pedir desculpas para Balestre pelas acusações de manipulação do campeonato, acusações que o próprio Balestre admitiu anos depois, eram verdadeiras.

Senna pega Prost pelo meio.

Com esse cenário a luz verde deu início ao GP do Japão, Senna no lado sujo da pista perde terreno para Prost, sem aliviar os dois entram na curva 1 com vantagem para Prost que estava do lado de fora, ou seja, na tangência da curva, mas Senna não iria deixá-lo passar dali, em uma manobra absurda sob qualquer circunstancia, Senna pega Prost pelo meio e defini assim seu segundo título mundial.
Após a batida, os dois abandonam a corrida, assim Senna era campeão.
Anos depois Senna deu uma declaração sobre o ocorrido: “Eu acho que o que aconteceu em 1989 foi imperdoável e eu nunca irei esquecer isso. Eu me empenho em lutar até hoje. Você sabe o que aconteceu aqui: Prost e eu batemos na chicane, quando ele virou sobre mim. Apesar disso, eu voltei à pista, ganhei, e eles decidiram contra mim, o que não foi justo. E o que aconteceu depois foi "teatro", mas eu não sei o que pensei. Se você faz isso, você será penalizado, multado e talvez perca sua licença. Essa é a forma correta de trabalhar? Não… Em Suzuka no ano passado eu pedi aos organizadores para trocar o lado da pole. Não foi justo, porque o lado direito é sempre o sujo. Você se esforça pela pole e é penalizado por isso. E eles dizem: "Sim, sem problema." E depois o que acontece? Balestre dá a ordem para não mudar nada. Eu sei como o sistema funciona e eu pensei que foi mesmo uma merda. Então eu disse a mim mesmo: "Ok, aconteça o que acontecer, eu vou entrar na primeira curva antes - Eu não estava preparado para deixar o outro (Alain Prost) chegar na curva antes de mim. Se eu estou perto o suficiente dele, ele não poderá virar na minha frente - e ele será obrigado a me deixar seguir." Eu não me importo em bater; eu fui para isso. E ele não quis perder a chance, virou e batemos. Foi inevitável. Tinha que acontecer. "Então você deixou isso acontecer", alguém diria. "Por que eu causaria isso?". Se você se ferrar cada vez que estiver fazendo o seu trabalho limpo, conforme o sistema, o que você faz? Volta para trás e diz "Obrigado"? De jeito nenhum! Você deve lutar para o que você acha que é certo. Se a pole estivesse colocada na esquerda, eu teria chegado na frente na primeira curva, sem problemas. Que foi uma péssima decisão manter a pole na direita, e isso foi influenciado pelo Balestre, isso foi. E o resultado foi que aconteceu na primeira curva. Eu posso ter contribuído, mas não foi minha responsabilidade".





 .

GP da Coreia (1)

Coletiva realizada agora a pouco.
E começamos mais um final de semana na Formula 1, morno ainda, para uma reta final de decisão, na coletiva os 5 postulantes ao titulo não sairam do obvio, vejamos o que eles disseram.

Webber: É ridículo começar a calcular agora, porque várias coisas podem acontecer. Se eu vencer as duas próximas corridas, acaba tudo no Brasil. Este é outro evento, outra corrida. Temos de andar bem, mas continuarei a trabalhar da mesma forma. A diferença cresceu para o lado certo nas últimas provas e só preciso manter assim. Tenho de continuar a fazer o meu melhor, pois assim o resultado cuidará de si mesmo.

Alonso: Tivemos altos e baixos ao longo da temporada, mas 2010 foi um grande campeonato. Tive uma grande integração com a Ferrari desde o primeiro dia, por isso é o melhor ano da minha carreira até agora, com uma grande experiência. Estou feliz atá agora e faremos nosso melhor nas últimas três corridas para levar a briga para Abu Dhabi. Demos a volta por cima e evoluímos muito nas últimas cinco ou seis corridas. Deve ser assim na reta final.

Vettel: A situação já esteve pior para mim neste ano. Agora estamos em uma boa posição. O carro estava realmente bom nas últimas corridas, bem forte. O que aconteceu em 2007 teve uma razão e Kimi Raikkonen tinha poucas chances, com 17 pontos atrás. É claro que mostrou que é possível. Ele fez o máximo, venceu as corridas, mas também deu sorte. Não dá para comparar.

Hamilton: Tomara que neste fim de semana tenhamos um pouco mais de chances para lutar contra a RBR e a Ferrari e um pouco mais de sorte também. Acho que tudo é possível. Você pode nos dizer, como equipe, que a Ferrari está se esforçando, mas não acho que a vantagem da RBR seja tão grande. Ainda acho que podemos nos aproximar

Button: Toda vez em que vamos para uma corrida, parece que ela será crítica, mas é muito mais difícil para nós vencermos o campeonato neste ano. Mas vimos que em temporadas passadas que tudo pode acontecer. Ainda será possível enquanto a matemática permitir. É bom estar na briga a três corridas do fim. É ainda mais difícil para mim, porque estou 31 pontos atrás, mas ainda é possível e estou otimista. Será bem equilibrado.
A reta hoje na Coreia, choveu.
Depois de chover no molhado, bem típico aliás dessas coletivas da F1, fui pesquisar o tempo para o final de semana no weather.com, mas Yeongam não consta no cadastro, uma pena. Mas segundo o site Grande Prêmio o tempo vai estar bem frio e com alguma possibilidade de chuva para o domingo. Mais tarde volto falando mais sobre o GP da Coreia.

ESPECIAL Mulheres na F1 #4

No quarto capítulo do especial Mulheres na Formula 1 descobriremos como foi a curta passagem da quarta mulher a pilotar os monopostos mais rápidos do mundo, Desiré Wilson.

Chance única


Desiré Wilson nasceu na Africa do Sul na cidade de Joanesburgo em 1953, filha de um campeão australiano de moticiclismo, Desiré envolveu-se no automobilismo cedo e chegou a Formula 1 aos 27 anos.

Tentou participar de apenas uma corrida, a tentativa ocorreu no GP da Inglaterra de 1980, a bordo de um Williams modelo FW07 com motor cosworth Desiré apesar de grandes esforços não participou da corrida e definiu como "o fim de semana mais decepcionante de sua vida".
Desiré no seu único GP, o da Inglaterra em 1980
Também na Inglaterra 1980
Ainda em 1980 Desiré participou da Aurora F1, um campeonato que usava os carros de Formula 1 do ano anterior, nesta série Desiré a bordo de um Wolf de 79 conseguiu um feito inédito, uma mulher vencer com um carro de Formula 1, o feito aconteceu em Brands Hatch na Inglaterra e lhe rendeu como homenagem o nome em uma arquibancada do circuito.

Em 1981, Desiré participou de uma corrida de Formula 1 extra campeonato na África do Sul, seu país de origem, mais que sua atuação na pista, chamou a atenção seus momentos no box, onde sem a luvas, se mostrava com as unhas pintada de vermelho.

Depois de sua curta passagem pela Formula 1, Desiré seguiu no automobilismo e participou em 1982 das 500 milhas de Indianápolis onde também não se classificou. Desiré vive hoje em dia na Inglaterra e aos 56 anos se mantém ligada ao automobilismo.

Anos: 1980
Times: Williams
GP’s disputados 1 (0 largadas)
Pontos 0

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Wallpaper Motorhome

No Wallpaper de hoje nostalgia das novas, uma equipe que não existe mais, a BAR, um piloto que não corre mais que é Ricardo Zonta e uma curva que não existe mais, a primeira variante de monza, que foi reformulada no ano seguinte.



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ESPECIAL Mulheres na Formula 1 #03

No terceiro capítulo do especial Mulheres na Formula 1 vamos conhecer hoje Divina Galica e descobrir que a Formula 1 foi apenas um pequeno capítulo desta mulher.

Esportista Nata
 
Divina nasceu em Bushey Heath na Inglaterra em 1944 e só foi alcançar a Formula 1 aos 34 anos, depois te ter participado de 3 edições das Olimpiadas de Inverno nas modalidades esqui alpino, slalom e ski, nesta última sendo capitã do time britânico.

Divina fez sua estreia na Formula 1 pela equipe Surtess modelo TS16/Cosworth no GP da Inglaterra de 1976, onde como já falei no último capítulo, houve um fato único quando duas mulheres estavam inscritas para a corrida. Divina assim como Lella Lombardi a outra inscrita, não conseguiu classificação para a corrida.

Dois anos depois em 1978 pela equipe Hesketh modelo 308E/Cosworth, Divina tentou classificar-se para os GP’s do Brasil e Argentina, também sem sucesso, terminado assim sua passagem pelo circo da Formula 1.
 
No GP da Inglaterra a bordo do Surtess número 13, uma das poucas vezes que foi usado.
Divina voltou aos esportes de Inverno e participou das Olimpiadas de Inverno em 1992 na modalidade esqui de velocidade. Ainda na velocidade foi instrutora da Skip Barber Racing School, uma das mais conceituadas escolas de pilotagem do mundo.
 
No GP da Alemanha de 77, novamente com o 13, seu número da sorte
Ano passado Divina voltou ao carro de Formula 1 aos 65 anos, em um evento de carros históricos, pilotando um Brabham BT37.

Divina Atualmente
Anos: 1976-1978 
Times: Surtess, Hesketh 
GP’s disputados 3 (0 largadas) 
Pontos 0