sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O escocês voador

Hoje em nossa sessão "perfil", conheceremos um pouco sobre um mito da Formula 1, Jim Clark tornou-se referência para gerações futuras e com muito talento e dedicação dominou não só a Formula 1, mas todo o automobilismo de sua epoca, boa leitura.

Jim Clark, Piloto escocês, apelidado Flying Scotsman (Escocês Voador), nascido em 4 de março de 1936 na cidade de Kinkcaldy, no Fifeshire.
Venceu 25 GP's na Formula 1 (recorde que só outro escocês - Jackie Stewart - conseguiu ultrapassar, em 1973). Campeão mundial de Formula 1 em 1963 e em 1965 além de vencer as 500 milhas de Indianapolis, em 1965.
Filho de um fazendeiro, Jim Clark começou a correr com um velho Sunbeam, 1956. Nessa epoca, vários pilotos ingleses, como Stirling Moss, Mike Hawthorn e Peter Collins destacavam-se nas pistas. Os Carros italianos, Maserati e Ferrari venciam a maioria das competições. Em pouco tempo, Jim trocou o Sunbeam por um DKW e depois um Porsche 1600, ambos preparados por seu amigo Ian Scott Watson, diretor técnico da escuderai Border Reivers. 

Jim Clark em 1958 com um Jaguar D Type
Em 1958, por influência de Watson, Jack McBain, proprietário da Border Reivers, confiou a Clark um Jaguar tipo D, seu primeiro carro de corridas autêntico. Com ele, Clark correu em Chaterhall contra Ron Flockhart, com carro igual ao seu, e Innes Ireland, com Lister-Jaguar, ambos da então famosa escuderia escocesa. Após essa prova, Collin Chapman, que começava a se firmar como projetista e construtor, fez Clark testar um Lotus F2, com motor Coventry-Climax de quatro cilindros e 1.500cc, assemelhavam-se às atuais Lotus F1. No treino, Clark ficou a apenas 2,6 segundos de Graham Hill. No mesmo dia, fez os melhores tempos de todo o treino com uma Lotus Formula Júnior. Porém, um acidente do qual Hill saiu ileso, com máquina idêntica à que Clark testara, retardou seu inicio na Formula 1 em 14 meses.

Nessa época, Clark não se imaginava como piloto de grande prêmio. Limitou-se a correr em provas do calendário britânico com dois carros esporte, um Lister Jaguar e uma Lotus Elite. Na primeira corrida com a Lotus Elite, em Brands Hatch, chegou em primeiro, seguido por Chapman, com carro idêntico. Das 106 corridas dessa categoria que disputou, venceu 49.(Em 1959, disputou 53 provas e venceu 23.)

No fim de 1959, conhecia muito bem o traçado de todos os circuitos ingleses. Numa corrida pelo Tourist Trophy, em Goodwood, percebeu que poderia correr melhor que seu ídolo, Masten Gregorv, piloto número 2 da equipe oficial Cooper de F1, que admirava pelo modo de entrar e sair das curvas. (Clark ultrapassou Gregorv numa volta e manteve depois grande distância do piloto americano.)

Recebeu varias propostas nesse inverno, mas só se interessou pela de Reginald Parnell, chefe da Aston Martin, que o convidou para um teste em Goodwood. Ele deveria demonstrar a Reg e aos pilotos oficiais da Aston Martin. John Hartley e Roy Salvadori, que sabia andar rápido sem forçar a máquina. Com um AM esporte de 4.200cc no primeiro dia e outro AM de 3000cc(um F1 de 6 cilindros) no segundo dia, Clark fez excelentes tempos e demonstrou muita calma. Apesar do entusiasmo de seus examinadores, Clark não obteria o contrato, pois a Aston Martin desistiria de competir na Formula 1.

Em Le Mans 1959 com um Aston Martin

Em 1960, Colin Chapman proejtou e construiu o primeiro carro com motor entre-eixos, o Lotus 18, e convidou Clark para pilotá-lo. Jim passou então a defender o Team Lotus em corridas de Formula Júnior e Formula 1. Sua estréia da Formula 1 aconteceu no dia 5 de junho de 1960 na pista de Zandvoort na Holanda. Retirou-se da prova por quebra do câmbio, quando ocupava a quarta colocação. No dia 19 de junho, em Spa-Francorchamps, no GP da Bélgica(que venceria em 1962-63-64-65), chegou em quinto lugar marcando pontos para o mundial pela primeira vez.

Clark em Portugal 1960
Em 25 de junho, em dupla com Roy Salvadori, obteve o terceiro lugar nas 24 horas de Le Mans, com um Aston Martin DBRI da escuderia Border Reivers. Em 3 de Julho no circuito de Reims foi disputado o GP da França, neste Clark conseguiu o quinto lugar, na sequencia foi 16º no GP da Inglaterra em Silverstone e 3º no GP de Portugal . A Cilindrada limite para a Formula 1 mudou de 2.500cc para 1.500cc acreditava-se que com essa redução o desempenho dos grande pilotos não fossem tão discrepantes ao restante do grid. Grande engano, com motores menos potentes a habilidade se sobresaiu ainda mais. No ínicio de da temporada no dia 3 de abril, Jim Clark venceu o GP extra campeonato no circuito de Pau. Após assinar contrato com Collin Chapman, travou interessante duelo, ao volante da nova Lotus 21, contra as Ferrari no GP de Mônaco, melhora o recorde de volta em 3 segundos(1.36,6s). Em Zandvoort no GP da Holanda perseguiu a Ferrari de Phill Hill durante quase toda a prova, chegando em terceiro. Em 3 de junho obteve a segunda colocação no Trófeu Silver City, em Brands Hatch, prova não valida pelo campeonato mundial, após acirrada disputa com o vencedor Stirling Moss. Nos GP's seguintes válidos pelo mundial foi 3º no GP da França em Reims e quarto no GP da Alemanha em Nurburgring.

Clark junto ao pelotão no GP da Itália de 1961
Sua campanha regular nessa temporada se interromperia com um trágico acidente em Monza, durante o GP da Itália. O barão Von Trips, com Ferrari, liderava a corrida e o campeonato mundial. Na terceira volta, Clark na segunda posição, preparava-se para entrar na curva parabólica pela esquerda. Von Trips, que vinha pela direita, á sua frente, repentinamente desviou para a esquerda. O nariz da Lotus bateu na traseira da Ferrari e os dois carros derraparam(clique aqui para ver o vídeo). O de Clark desviou-se para a grama, mas o de Von Trips projetou-se contra o alto paredão, matando-o e a 14 torcedores. A imprensa italiana culpou Clark pelo acidente. Com a morte de Von Trips, Phill Hill tornou-se campeão mundial.
Para a temporada de 1962, Chapman(foto a esquerda) preparou a Lotus MK 25, monoposto de tamanho reduzido que o piloto dirigia quase deitado. A perfeita combinação homem-máquina conseguida por Clark com esse carro lhe rendeu o apelido de Jim 25. No dia 20 de maio em Zandvoort no GP da Holanda, a Lotus 25 largou na pole position e Clark liderou boa parte da corrida, mas a embreagem se soltou e os sincronizadores do novo câmbio, o ZF, se superaqueceram. Jim conseguiu apenas o nono lugar, Graham Hill, com BRM, venceu a corrida. No GP de Mônaco Bruce Mclaren venceu com facilidade e Clark retirou-se a oito voltas do fim.

Em Spa-francorchampos, na primeira fase dos treinos para o Gp da Bélgica, o câmbio voltou a quebrar. Com a Lotus 24 de Trevor Taylor, segundo piloto da Lotus, Clark obteve o quinto melhor tempo. Na corrida, com os problemas de câmbio da Lotus 25 resolvidos, Clark conseguiu sua primeira vitória valida para o campeonato mundial. Algumas semanas mais tarde, durante os treinos para o GP da Franç, em Rouen, a direção do carro travou a 190km/h. Mesmo assim, Clark conseguiu evitar uma árvore, ao sair da pista. Durante a corrida, a terrível experiência se repetiria, com a quebra de uma manga de eixo, e mais uma vez ele sairia ileso.

Clark em Spa 1962
Em 21 de julho Clark venceu em Aintree o GP da Inglaterra, assumindo o segundo lugar na classificação do campeonato, com 18 pontos e duas vitórias, contra 19 de Graham Hill. No GP seguinte disputado no circuito de Nurbrugring, sob chuva Clark não teve sorte, Hill em grande forma, tomou a dianteira, seguido de Gurney com Porsche e Surtess com Lola-Climax, Clark, com problemas na boma de gasolina, largou em quarto, perdendo 55 segundos na primeira volta. Diminiui a diferença para 14 segundos, a quatro voltas do final, mas teve de se conformar com a quarta posição ao derrapar na pista molhada. Alguns meses antes, no mesmo circuito, com um Lotus Cortina, de apenas 100cv, dominou nas primeiras voltas as Ferrari 3.000cc e os Porsche 2.000cc, mas não conseguiu terminar a prova. Nessa corrida, também sob chuva, Clark entrava nas curvas sempre em duas rodas, para conseguir maior vantagem sobre os carros mais potentes que seu pequeno charuto.

Em 16 de setembro, em Monza, disputou o GP da Itália, após suportar três horas de interrogatório sobre o acidente fatal do ano anterior(Clark não prestara depoimento na ocasião). Abandonou a corrida, depois que seu câmbio quebrou, permitindo a Hill conquistar masi nove pontos. Para ser campeão, Clark precisaria vencer os dois GP's seguintes, No Estados Unidos e na Africa do Sul, conseguiu parte de seu objetivo, venceu em Watkins Glens mas abandou em East London após liderar toda a corrida e abrir mais de 30 segundos de vantagem sobre Hill, um vazamento de óleo obrigou o piloto a abandonar. Inconformado, Colin Chapman acusou a fornecedora do motor, a Coventry-Climax, de negligência ao apertar uma pequena porca.

Em 1963, Clark voltou a vencer o GP da Bélgica
Em 1963, contudo, nada impediria Clark de afirmar-se como um dos grandes do automobilismo. Superados os problemas da Lotus 25, Jim venceu sete das dez corridas válidas para o Mundial, conquistando ainda um segundo e dois terceiros. Com essas vitórias, bateu o recorde de Alberto Ascari (1953, seis vitórias). Após ganahr dois GP's não válidos pelo mundial em Pau e Ímola, um defeito do câmbio não o deixou terminar o GP de Mônaco, vencido por Graham Hill. Quatro dias depois perdia para Parnelli Jones, apesar de seu ótimo desempenho, as 500 Milhas de Indianápolis, mas ficou satisfeito com o segundo lugar.

No GP da Holanda, onde também terminou vitorioso
Clark obteve sua primeira vitória no Mundial desse ano no GP da Bélgica, em Spa-francorchamps. Mais três vitórias consecutivas se seguiriam, nos GP's da Holanda em Zandvoort, França em Reims, que não favorecia sua máquina (menos potente), conseguiu distanciar-se logo na largada e tirar o máximo proveito das poucas curvas do circuito. Mesmo a apenas 8.000rpm, ao invés das 9.500 previstas, o motor não rendia o suficiente, derrotou Trevor Taylor e Jack Brabham. Em Silverstone, com o tanque ainda praticamente cheio, fez a segunda volta em 1.37,7s, tempo considerado extraordinário.

Vencendo em condições desfavoraveis em Reims na França
Era apenas sua tática, dar o máximo na largada, fazer a segunda volta em tempo recorde ganhando de dois a três segundo sobre seus perseguidores, permitindo aumentar seu rendimento nas voltas seguintes em torno de 1 segundo. "Você deve ter notado", disse certa vez a um jornalista, "que nesse ponto, eu passo a andar um pouco mais lentamente, e espero pela reação dos outros pilotos. Se eles resolvem aumentar o ritmo, então eu também recomeço a dar maior velocidade". E explicava como mantinha essa vantagem: "Surpreendentemente, basta que eu comece a diminuir o meu ritmo para que os outros façam o mesmo. Após algumas voltas eu recomeço a acelerar, mas os outros não, e assim minha vantagem aumenta".

Clark e Chapman no podium de Silverstone
Segundo colocado no GP da Alemanha, voltaria a Monza e mesmo enfrentando muitos problemas durante os treinos e se classificando apenas no pelotão intermediario, Clark fez a diferença logo na largada, saltou para a liderança em menos de 200 metros, mas, ao final da primeira volta deu passagem a Surtess e Graham Hill, ficando ainda Gurney próximo a ele. Usando o vácuo de Surtess, conseguiu fugir da perseguição de Gurney e ultrapassar Hill. Para distanciar-se, Surtess chegou a fazer por dentro a curva grande, para levantar areia e pedra contra Clark, mas sua Ferrari parou na 17ª volta. Não podendo distanciar-se convenientemente, devido à menor potência da Lotus 25, Jim diminui o ritmo, deixando-se alcançar por Hill e Gurney, para poder usar o vácuo de ambos. A fricção do BRM de Hill, gastou-se, e ele abandonou a corrida. Finalmente, a bomba de gasolina do Brabham de Gurney parou, e ele também se retirou, permitindo a vitória de Clark. (A essa altura, com cinco vitórias, Jim praticamente asseguroua conquista do campeonato). Terceiro em Watkins Glens, a 6 de outubro, Clark venceria ainda os GP's do México em Magdalena Mixhuca e da África do Sul em East London.

Clark aguardando a largada para o GP do México de 1964
Ao grande êxito de 1963 com 7 vitórias na Formula 1 e mais 13 em outras competições, seguiu-se uma temporada menos brilhante em 1964. Jim empenhou-se em vencer a primeira prova do mundial em Mônaco onde jamais havia vencido. Novamente liderou a prova com facilidade até a 26ª volta, quando a barra estabilizadora da Lotus quebrou. Perdeu 18 segundos para trocá-la, permitindo a Hill vencer a corrida, Clark ficou em quarto lugar. No GP da Holanda, Clark finalmente venceu a primeira prova valida pelo mundial, seis dias depois sofreu um acidente durante as 500 Milhas de Indianapolis que o obrigou a abandonar a prova daquele ano. Venceria ainda os GP's da Bélgica e da Inglaterra, mas perderia o campeonato para John Surtess, da Ferrari. No fim do ano, recebeu a Ordem do Império Britânico.

Clark disputaria a temporada de 1965 de maneira mais brilhante que a de 1963. Utilizou nas duas primeiras provas do Mundial a nova
Lotus 33B(na segunda, na Bélgica, já com o novo motor Coventry-Climax de 32 válvulas e 210cv). Começou vencendo no GP da África do SUl, em East London, com mais de meio minuto de vantagem sobre a Ferrari de Surtess. Depois de conseguir, entre janeiro e abril, dezenove vitórias em diferentes competições, deixou de participar da segunda prova do mundial, o GP de Mônaco vencido pela terceira vez consecutiva por Graham Hill, que passou à sua frente no campeonato, para correr em Indianapolis.
Clark em sua Lotus vencedora das 500 milhas de Indianapolis de 1965
 Sua Lotus 38, equipada com tanques especiais (o regulamente das 500 milhas, não permitira reabastecimento sob pressão), liderou a prova desde a largada. Parou duas vezes para reabastecimento, perdendo 19 segundos na primeira vez e 25 segundo na segunda, mas, mesmo assim, cruzou a linha de chegada com cerca de duas voltas de vantagem sobre o americano Parnelli Jones. Com a vitória de Clark (que recebeu 155 mil dólares de prêmio) quabraram-se todos os tabus de Indianápolis. Pela primeira vez em muitos anos, um europeu voltava a vencer a 500 milhas (Mário Resta foi o primeiro em 1916) com um carro europeu de motor traseiro (desde 1940 só venciam carros americanos de motor dianteiro). Voltando a Europa, Jim venceria entre junho e agosto, mas cinco GP's consecutivos.
Clark em mais uma vitória no circuito belga, agora em 1965
 Em 13 de Junho, em Spa-francorchamps, disputou o GP da Bélgica, terceira etapa do mundial de Formula 1. A intensa chuva que caiu durante toda a corrida obrigava os pilotos a diminuir a velocidade nas retas. Clark, imbativel em pista molhada, continuava no mesmo ritmo, aumentando a cada volta sua vantagem. Após a corrida, comentou "Venci porque tirei o pé do acelerador menos vezes que os outros". No dia 27 de julho em Clermont-Ferrand, disputou o GP da França com um carro reserva (a Lotus 25), chegando em primeiro lugar com meio minuto de vantagem sobre Jackie Stewart com um BRM.

Graham Hill e Jim Clark na Inglaterra, também em 1965
Em 10 de Julho na pista de Silverstone, para conseguir terminar o GP da Inglaterra, Jim teve de diminuir a aceleração nas curvas, devido a queda de pressão do óleo, após a 60ª volta. Nas últimas voltas, esse recurso não deu mais resultado, Clark passou então a desligar a chave do contato a cada curva, tornando a liga-lá nas retas, para conservar um mínimo de pressão de óleo no motor. Graham Hill tentou alcança-lo de todas as formas, chegando a bater o recorde da pista na última volta, ma Clark conseguiu receber a bandeirada final com 3,2 segundo de vantagem sobre o BRM de Hill. Na sequência venceu pela terceira vez consecutiva o GP da Holanda em Zandvoort com a Lotus 25, abrindo 8 segundos de vantagem sobre o BRM de Stewart.

Jim Clark vencedor ao lado de Jackie Stewart o novo talento.
Jim queria vencer a prova seguinte, o GP da Alemanha de qualquer maneira, pois nunca havia vencido no famoso circuito de Nurburgring, considerado então o circuito mais díficil do mundo. Nos treinos, apesar dos problemas apresentados pela Lotus 33, conseguiu, na última sessão, bater o recorde da pista (8m 22,7s, à média de 163,5 km/h). No dia seguinte liderou a prova do ínicio ao fim, terminando com 16 segundos de vantagem sobre Graham Hill. Com essa vitória (a sexta consecutiva em GP's válidos pelo mundial) conquistou seu segundo título de campeão mundial de Formula 1, além do título da Formula 1 e a vitória nas 500 milhas de Indianapolis, Clark venceu 24 provas de diferentes categorias.

Jack Brabham e Jim Clark na Holanda em 1966
Em 1966 aumentou-se a cilindrada-limite para Formula 1 de 1.500cc para 3.000cc. Prevendo essa alteração, a Lotus encomendara à BRM motores H-16, mas a fábrica demoru para entregá-los. Chapman colocou então um motor de 2,5 litos na Lotus 33. Iniciando a temporada, mais uma vez não contou com a sorte no GP de Mônaco abandonando a prova, oito dias depois conquistava a segunda colocação nas 500 milhas de Indianápolis, com uma Lotus 42. Porém nos GP's seguintes novas frustrações, não conseguiu completar o GP da Bélgica em Spa, e sequer largou para o GP da França. Após esses problemas chegou em quarto lugar no GP da Inglaterra em Brands Hatch. No GP seguinte em Zandvoort na Holanda, Clark chegou a liderar a frente de Jack Brabham que pilotava um Brabham-Repco de 3 litros, mas a quebra de um parafuso e o rompimento de um conduto do radiador obrigaram Clark a ceder passagem e ficar apenas em quarto. Seguindo o campeonato no GP da Alemanha em Nurburgring, novamente Clark não conseguiu terminar a prova. Boas perspectivas para Clark no GP da Itália, prova sequencial do mundial, com o novo Lotus 43 já equipada com o motor H-16, esperava uma boa corrida, porém novamente abandonou. Clark foi o único a vencer com o motor H-16 no GP dos Estados Unidos em Watkins Glens, mas novamente não conseguir largar na prova seguinte no GP do México.

Clark em Mônaco 1966
Para 1967 Chapman preparou a Lotus Mk 49, com motor Ford-Coswhort de 380cv, com a qual Jim venceu os GP's da Holanda, Inglaterra, Estados Unidos e México e chegou em terceiro em Monza na Itália. Dennis Hulme, que com a Brabham-Repco, vencera os GP's de Mônaco e da Alemanha e obtivera boas colocações em quase todas as corridas, tornou-se campeão do mundo, colocando Jack Brabham como vice e Clark em terceiro. Com a vitória no GP do México, último da temporada 1967, Clark igualara o recorde de Juan Manuel Fangio (24 vitórias em GP's válidos pelo mundial). Em 1º de janeiro de 1968, Clark estabeleceu o novo recorde, ao conquistar seu 25º GP em Kyalami na África do Sul.

Clark em 1968 na África do Sul, o maior vencedor da recente história da Formula 1

Como em 1965, a vitória no primeiro GP da temporada prenunciava um novo ano de recordes e grandes desempenhos. Com a nova Lotus 49T, Jim obteve seis vitórias em várias provas. Em 7 de Abril, ao volante de uma Lotus 48B, disputava uma prova de Formula 2, em Hockenheim, na Alemanha. A mais de 200km/h, seu carro derrapou no asfalto molhado, iniciando um violento cavalo-de-pau que o projetou para fora da pista. Depois de arrebentar uma cerca de proteção, a Lotus saltou uma vala e chocou-se contra uma árvore, matando Jim Clark instantaneamente.

Os restos da Lotus F2 que matou Clark


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