quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ESPECIAL Carros da década #3

Depois da íncrivel Mercedes W196 e do revolucinário Cooper T51 chegamos hoje a Ferrari 312T, carro que deu o primeiro título mundial a Niki Lauda e também quebrou um jejum de 11 anos da Ferrari sem um titulo de pilotos.

A renovação consagrada



Na Itália, Niki Lauda foi o terceiro, mas o sexto lugar bastaria para garantir seu primeiro título. O austriaco de 26 anos mereceu a consagração. Detentor de nove pole positions, ele conseguiu o maior número de vitórias(quatro), às quais ainda se juntaria a do GP dos Estados Unidos, a última etapa do campeonato. Fazia 10 anos que a Formula 1 era dominada pelas equipes inglesas, em parte graças ao fabuloso V8 Ford-Cosworth, que havia ganha sete títulos consecutivos. Lauda encerrou a série impondo pela primeira vez, a presença de um V12 na lista dos vencedores. A 312T era o resultado de uma reorganização completa da escuderia em consequência de uma temporada catastrófica em 1973. Depois de oito meses de exílio, Mauro Forghieri foi reconduzido ao cargo de diretor técnico, ao mesmo tempo que a Ferrari abandonava o campeonato de protótipos para concentrar sua força na Formula 1.

Clay em Mônaco 1975


O conceito da 312T se baseava na filosofia de um baixo momento polar de inércia, um sábio coquetel integrava um centro de gavidade o mais baixo possível, pequena distância entre eixos e distribuição de pesos equilibrada. Prolongamento da 312B3 de 1974 e concebida em torno do motor de 12 cilindros opostos lançado em 1969, a 312T adotava um inédito câmbio transversal (o T da sigla) com cinco marchas, o que permitiu reduzir o comprimento em 190 milímetros. Em sua apresentação pública, no dia 27 de setembro de 1974, ela foi tão bem recebida quanto o fora o Lotus 71 em 1970. Depois de um intenso programa de testes na ultramoderna pista privada de Fiorano, às portas de Maranello, a 312T estreou modestamente na África do Sul. Em Seguida, Lauda venceu três provas consecutivas. À exceção da Suécia, a 312T se adaptava bem a todos os tipos de traçado. Ela era resistente e seu motor desenvolvia 15 cavalos a mais que o V8 Cosworth. O título estava a caminho.

Lauda e Regazzoni liderando a largada para o GP da Espanha em 1975

Clay Regazzoni e Niki Lauda. O primeiro deles perdeu o título de 74 por pouco, no ano seguinte o outro não deixou passar em branco sua chance.

Lauda no GP Brasil de 1975

"O computador", esse apelido já era adicionado ao nome de Lauda, a ele concerteza, não faltava talento, mas ele era acima de tudo um trabalhador incansável.

Motor Ferrari

Os 12 cilindros "boxer" de 3 litros e 48 válvulas de 312T. Criado em 1969, esse motor contribuiu para os três últimos títulos da Ferrari, com Lauda(1975 e 1977) e Jody Scheckter (1979). Em 10 anos, sua potência passou de 460 cavalos( a 11.600rpm) para 515(a 12.400rpm).


Lauda, Forghieri e Clay
Depoimento de Niki Lauda sobre a 312T: "Quando se virava o volante da B3 de 1974, não acontecia nada, já a 312T, ao contrário, obedecia imediatamente. Essa era grande diferença. O comportamento da T era muito mais progressivo e podia-se até deixá-la neutra. Quanto à vantagem de potência, da ordem de 15 ou 20 cavalos em relação aos V8 Cosworth, não era real. Na verdade, O Cosworth tinha mais torque, e suas acelerações e velocidade final eram muito próximas das obtidas pelo motor Ferrari. A única vantagem real sobre a concorrência inglesa era que ela se adaptava a quase todos os circuitos. A 312T foi a obra-prima de Mauro Forghieri, um autêntico gênio. Ela era uma verdadeira jóia."

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