quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ESPECIAL GP Brasil #4



Não houve grandes mudanças no cenário de forças para a segunda etapa do campeonato mundial de 1991, o GP Brasil mostrava de novo Senna na pole position com as Williams de Manselle e Patrese em seu encalço. Nelson Piquet e Mauricio Gugelmin os outros brasileiros formavam a quarta fila do grid em Interlagos.

No inicio Senna partiu na ponta seguido por Mansell, Patrese e Alesi, a largada ainda contou com uma inflamada Mclaren de Berger partindo com um show pirotequinico. Mansell começou um ataque firme a Senna na 22ª volta e sem conseguir passar foi aos boxes para trocar pneus, em uma troca desastrosa Mansell perdeu tempo precioso na briga com Senna.

Após os pits de todos os ponteiros, com exceção de Piquet como sempre, Mansell aparecia em segundo lugar seguido de Piquet e Patrese, em ritmo alucinante Mansell tenta recuperar o tempo perdido nos pits, a briga foi acirrada até a volta 50ª quando Mansell voltou aos boxes com um pneu furado.

Mansell voltou meio minuto atrás de Senna e com pneus novos tirava vertiginosamente a diferença, só que no esforço da perseguição Mansell quebrou a caixa de câmbio do Williams ao rodar no S do Senna, a Williams desaparecendo na fumaça da própria rodada foi muito comemorada pela arquibancada e parecia que seria fácil para Senna vencer finalmente seu primeiro GP Brasil após oito tentativas.
Patrese a frente de Alesi
Mas como sempre, as coisas não são tão simples e além de enfrentar como todos os pilotos uma chuva nas últimas 3 voltas da corrida, calçado com pneus slicks, Senna foi obrigado a enfrentar outro desafio solitário, a partir da 65ª volta, a terceira e a quarta marchas da McLaren não engataram. Mais algumas voltas e a quinta marcha também não entrou.

Patrese, segundo aquela altura depois de passar Piquet, tirava 3 segundos por volta e chegava perigosamente, para manter a McLaren na frente, Senna, sem o recurso de frear o carro com as reduções de marcha e, principalmente, sem o torque das marchas mais curtas para retomar a velocidade nas saídas de curva no chamado "miolo" de Interlagos, compensou tudo com um enorme sacrifício físico
Toda a pressão que o ângulo das curvas provocava no sistema de direção ia direto para os seus braços. De uma hora para a outra, o volante moderno e sofisticado da McLaren se tornou quase tão pesado como o de um carro de passeio que perdesse subitamente o conforto da direção hidráulica.
Senna no podium
Ao cruzar a linha de chegada, Senna gritava freneticamente no cockpit, um misto de dor e alivio, "Eu não acredito!" berrava no rádio o brasileiro, após a exaustão da corrida Senna parou na retra oposta, desmaiado foi atendido na pista por Sid Watkins, companheiro de pescaria dias antes do GP Brasil. Era a primeira das duas vitórias que Senna conseguiu no Brasil, apenas mais um capitulo da mais bela carreira da F1.

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